Cresce a prevalência de pessoas com dislipidemias em todo o mundo, principalmente por conta das modificações do estilo de vida em relação à alimentação desequilibrada e ao sedentarismo contínuo. Caracterizadas por distúrbios no metabolismo de lipoproteínas, como colesterol LDL, HDL e triglicerídeos, as dislipidemias são consideradas fatores de risco para agravos relacionados à saúde cardiovascular e ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas. Estas podem ser desenvolvidas pela exposição a fatores genéticos e ambientais.
Uma das consequências mais agravantes do desequilíbrio lipídico é a formação de placas aterogênicas depositadas na parede arterial, podendo causar obstrução do fluxo sanguíneo. Ocorre, nesse processo, um aumento expressivo da inflamação e do estresse oxidativo, com consequente migração de células imunológicas que podem comprometer, ainda mais, essa obstrução arterial.
O tratamento das dislipidemias dependerá das concentrações de lipídeos no sangue detectadas no diagnóstico. Normalmente, além da medicação orientada por médico especializado, recomendam-se mudanças na alimentação como a redução de gorduras saturadas e trans, associadamente ao aumento da ingestão de nutrientes e fitoativos, e a prática regular de exercícios físicos.
A suplementação nutricional pode ser vantajosa para amenizar e controlar o perfil lipídico. Estudos mostram que o óleo de peixe, rico em EPA e DHA, promove resultados positivos da regulação de diferentes funções do organismo, com destaque para ações anti-inflamatórias, sinalização celular, regulação enzimática e equilíbrio da saúde cardiovascular.
Em uma revisão da literatura feita por Yanai et al. (2018), os autores reuniram as evidências sobre a melhora de fatores de risco cardiovasculares, como dislipidemia e diabetes, com o consumo de PUFA ômega-3. De acordo com os estudos avaliados, os mecanismos propostos para a melhoria do metabolismo lipídico mediada por ômega-3 PUFA foram parcialmente elucidados, demonstrando efeitos no metabolismo da glicose e na sensibilidade à insulina, bem como aumento de lipoproteínas associadas ao metabolismo do colesterol e triglicérides. Em um trabalho levantado pelos pesquisadores, foi examinado o efeito de 12 semanas de suplementação com ômega-3 (46% EPA e 38% DHA) na cinética da apolipoproteína B-48 (apoB-48) em indivíduos obesos com dieta para perda de peso. O grupo que realizou a dieta para perda de peso suplementado com ômega-3 diminuiu significativamente as concentrações de triglicerídeos em jejum (-11%), apoB-48 (-36%) e triglicerídeos pós-prandial (-21%), o que sugere que esse tipo de intervenção melhora o metabolismo dos lipídeos em geral.
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REFERÊNCIAS
TÓTH, S. et al. Addition of omega-3 fatty acid and coenzyme Q10 to statin therapy in patients with combined dyslipidemia. J Basic Clin Physiol Pharmacol., v. 28, n. 4, p. 327-336, jul. 2017.
PAPPIANI, C.; DAMASCENO, N. Impacto da suplementação com ácidos graxos ômega-3 nas subfrações da lipoproteína de alta densidade de indivíduos tabagistas. Rev. Nutr., Campinas, v. 29, n. 4, p. 507-518, ago. 2016.
YANAI, H. et al. An Improvement of Cardiovascular Risk Factors by Omega-3 Polyunsaturated Fatty Acids. J Clin Med Res., v. 10, n. 4, p. 281-289, 2018.