Vamos olhar pro nosso estilo de vida nesse momento? Mesmo praticando atividade física em média uma hora diariamente, o restante do tempo ficamos sem nos movimentarmos muito e a retenção de líquido pode aumentar!
Alguns passos descritos abaixo, podem te ajudar a encontrar e corrigir a causa do problema. Aplicando a maior parte delas, você vai perceber melhorias em até 48 horas:
*Pode soar contraditório, mas beba muita água! Uma ingesta hídrica ideal, leva a um equilíbrio entre o consumo e excreção de sal e água para que evite o estado edematoso (POWLES, 2013). Ela favorece o funcionamento intestinal, hidrata, dilui e permite a eliminação de toxinas!!
*Consuma 3 xícaras de chá no dia, de 200 a 300ml cada xícara! Se você não tiver usando medicamentos e nem ter pressão baixa, pode investir em chás como chá de cavalinha, verde, dente de leão e hibisco. Essas ervas contribuem com a saúde do trato urinário, eles possuem ação diurética.
*Alimentos ricos em potássio também são um direcionamento. Esse nutriente age estimulando a eliminação do sódio presente no corpo, diminuindo a retenção de líquidos e a pressão arterial (NOMURA, 2012). O potássio está presente no abacate, salmão, inhame, no feijão preto, na abóbora, na cenoura, no maracujá, na banana e em diversos outros alimentos. Laranja, limão e vegetais verdes escuros, por exemplo, aceleram a eliminação de toxinas e são ótimos diuréticos. Se necessário, faça uso da suplementação bem orientada por médico ou outro profissional da saúde habilitado.
*Se conseguir, prepare 1 “suco” de: pepino, gengibre, maçã verde ou melancia, hortelã, salsão e em média 500ml de água e consuma durante a manhã.
*Inclua fontes de vitamina B6 no seu dia a dia. Essa vitamina tem como uma de suas funções manter o equilíbrio de água no corpo. Invista, sempre com moderação, em banana, sementes de girassol, nozes e, se necessário, faça uso da suplementação bem orientada por médico ou outro profissional da saúde habilitado.
*Evite alimentos industrializados. Os alimentos ultraprocessados, além de conter calorias em excesso dificultando o controle do peso corporal, possuem quantidades elevadas de sódio e/ou glutamato monossódico, provocando retenção de líquidos. Como exemplo temos os refrigerantes, bolachas, pratos congelados, salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas (SOLEYMANI e colab., 2019)
*Evite consumir carboidrato de alto índice glicêmico como açúcar e farinhas (mesmo sem glúten);
*Realize refeições com texturas diferentes: estima-se que textura mais “líquidas” ou cremosas, que levem água na preparação, como um café da manhã a base de um shakeproteico; almoço, legumes cozidos e carnes brandas; de tarde um suco funcional ou mingau; sendo o jantar jantar uma sopa ou se está muito calor, shake de whey protein ou colágeno com frutas vermelhas, kiwi e água.
*Exclua por um tempinho também derivados de leite como queijo que a maioria tem muitosódio na composição. Em situações em que a lactose não é completamente absorvida, ela é fermentada por múltiplas bactérias do trato gastrointestinal, dando-se no lúmen intestinal o aumento da pressão osmótica, retenção água e o aumento do trânsito intestinal. Tal processo gera o desenvolvimento de gases, proporcionando o desenvolvimento de sintomas particulares, como o inchaço, flatulências e desconforto abdominal (OLIVEIRA, 2020).
É sugerido ainda uma combinação muito interessante de fitoterápicos com ativos como centelha, cavalinha, hibiscos, fícus, entre outros componentes que ajudam muito a desinchar! (Grávidas não podem consumir!).
Nosso corpo é nosso bem maior! Se cuidarmos dele diariamente e com carinho, só iremos colher ótimos frutos!!
REFERÊNCIAS
NOMURA, R.M, PAIVA, L.V, COSTA, V.N, LIAO, A.W, ZUGAIB, M. Influência do estado nutricional materno, ganho de peso e consumo energético sobre o crescimento fetal, em gestações de alto risco. Revista Brasileira de Ginecologia Obstetrícia v. 34, n.3, p, 107- 12, 2012.
OLIVEIRA, J.A.F. Intolerância à Lactose – Consequências e Alternativas. 2020. (Dissertação de Mestrado) - Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2020.
POWLES, J e colab. Global, regional and national sodium intakes in 1990 and 2010: a systematic analysis of 24h urinary sodium excretion and dietary surveys worldwide. BMJ Open, 2013;3(12).
SOLEYMANI, Mahshid e colab. Dietary patterns and their association with menopausal symptoms: a cross-sectional study. Menopause (New York, N.Y.), v. 26, n. 4, p. 365–372, Abr 2019.
Carolina Perea
Nutricionista - Personal Diet
Pós-graduanda em Fisiologia do Exercício Físico Aplicado à Clínica - UNIFESP
Pós-graduada em Nutrição Clínica e Esportiva - IPGS
Graduada em Nutrição - Centro Universitário São Camilo
CRN 3 43556
Tel. 95426-2713/4427-8591 (consultório)